God of War é de longe uma das mais populares séries da geração 32 bits. O seu protagonista Kratos tornou-se um verdadeiro ícone do antigo console, o PS2. Graças a toda essa popularidade, a Sony decidiu investir novamente na franquia e relançar os primeiros jogos da série para o seu atual console, o PlayStation 3.

Com essa atitude, a empresa acabou criando uma moda que hoje se estende para quase todas as empresas: relançar antigos clássicos em alta definição. Porém, mesmo sendo a grande pioneira, o trabalho da Sony ainda é considerado um dos melhores até hoje. Isso deve-se ao fato do excelente trabalho de remasterização da franquia, que tornou o jogo (visualmente falando) com gráficos de jogos da geração atual.

God of War

O primeiro jogo da série conta a história do guerreiro espartano Kratos, que parte em busca da Caixa de Pandora, para que assim possa criar forças e desafiar o Deus da guerra, Ares, que está extravasando sua ira na cidade de Atenas. Durante a sua jornada, Kratos conta com a ajuda da própria deusa Atena para achar a caixa e finalmente destruir Ares.

Com um enredo muito bem elaborado, cuja trama utiliza um pouco da mitologia grega, o jogo caiu nas graças do publico, principalmente por não medir esforços na hora de caprichar nas cenas de violência e nudez explicitas.

Mas o que realmente agradou foi a combinação perfeita de uma jogabilidade simples e eficientes, repleta de combos, e um sistema de evolução de armas e habilidades, típicos de jogos de RPG. Os cenários bem desenhados e a versatilidade de inimigos também ajudam no resultado final.  

A versão remasterizada do primeiro titulo da franquia conta com gráficos polidos, mas ainda um pouco poligonais. Entretanto estes polígonos incômodos ficam quase imperceptíveis diante de um bom uso do efeito de sombra e “clareamento” dos elementos externos que compõe os cenários. O som também foi trabalhado, e agora conta com efeito Doubly Digital 5.1.

O sistema de troféus também foi muito bem integrado, aumentando ainda mais a vida útil do jogo. Boa parte dessas conquistas são obtidas a medida que o jogador evolui na história, enquanto as outras requerem um pouco mais de paciência e algumas horas a mais de jogatina.  

God of War 2 

O segundo capitulo da franquia é considerado por muito o melhor de todos. Após ter destruído Ares, Kratos se torna o novo Deus da Guerra. Esse fato desperta a ira de Zeus, que acaba traindo o espartano e retirando-lhe os poderes. Depois de ser jogado ao inferno, Kratos recebe a ajuda de Gaia, mãe da terra, para recuperar sua força e se vingar de Zeus.

Os gráficos na versão original, para PS2, já impressionavam a ponto de serem considerados um dos melhores já desenvolvidos para o console. Mas a empresa conseguiu executar de forma brilhante o processo de remasterização de toda a parte gráfica do jogo. 

A jogabilidade também evoluiu, mesmo de uma forma pouco perceptível. Os controles estão mais sensíveis que na versão anterior, isso deve-se ao fato do próprio Dual Shock 3 ter mais sensibilidade em relação ao Dual shock 2. 

Assim como no primeiro God of War, o segundo titulo da franquia possui troféus nessa coletânea, entretanto não tão fáceis de serem conquistados. O que deixa a desejar é que ambos os títulos não possuem qualquer extra, como um minigame novo ou até mesmo vídeos do desenvolvimento dos games.  

Para quem não teve a oportunidade de jogar qualquer um dos títulos na era PS2, em God Of War Collection eles têm uma chance de ouro para conhecer uma das mais famosas franquias do mundo dos games. E para quem jogou antes, vai ser difícil resistir ao se deparar com o clássico de volta totalmente em alta definição. Pena que a coletânea não contém nenhum extra para incentivar os jogadores mais antigos.