Metro: Last Light é a sequência direta de Metro 2033, um jogo baseado no romance homônimo do autor russo Dmitry Glukhovsky. Com uma atmosfera opressora, narrativa envolvente e uma mistura única de ação, furtividade e horror, Last Light se tornou um marco no gênero dos jogos de tiro em primeira pessoa ambientados em mundos pós-apocalípticos. Não é apenas uma evolução técnica em relação ao seu antecessor, mas também uma obra que explora temas profundos como sobrevivência, culpa, ideologia, humanidade e esperança.
A história de Metro: Last Light começa no ano de 2034, um ano após os eventos de Metro 2033, onde o protagonista Artyom participou da destruição dos Dark Ones, misteriosas criaturas mutantes com habilidades psíquicas. O mundo como conhecemos foi destruído por uma guerra nuclear, e os sobreviventes se refugiaram no sistema subterrâneo de metrô de Moscou — agora um ecossistema social, político e militar em constante conflito.
Artyom agora é um Ranger da Ordem Espartana, uma facção que busca manter a paz e proteger os humanos dos perigos externos e internos. No entanto, sua consciência está pesada pelas escolhas feitas anteriormente. Um último Dark One sobreviveu, e Artyom recebe a missão de encontrá-lo e eliminá-lo — mas, ao longo da jornada, ele percebe que talvez essas criaturas não fossem inimigas, mas sim portadoras de uma nova esperança para a humanidade.
A narrativa é contada de forma introspectiva, com monólogos internos de Artyom revelando suas dúvidas, medos e memórias. Isso aprofunda a conexão emocional do jogador com o personagem e cria um contraste forte entre a brutalidade do mundo exterior e os dilemas internos do protagonista.
O metrô de Moscou, transformado em um novo mundo subterrâneo, é dividido entre diversas facções, cada uma representando ideologias extremas:
A facção de Artyom, composta por soldados bem treinados e disciplinados, que atuam como protetores e guardiões da paz. Apesar de parecerem heróis, eles também têm um lado pragmático e, às vezes, impiedoso.
Inspirada no comunismo soviético, essa facção busca unificar o metrô sob a bandeira do proletariado. Porém, é liderada por um regime autoritário que não hesita em usar violência e lavagem cerebral para expandir seu domínio.
Um grupo neofascista que acredita na pureza genética humana e extermina mutantes e pessoas consideradas “impuras”. Representam o extremismo ideológico mais violento e são apresentados como um inimigo moralmente repulsivo.
Uma facção capitalista que controla as estações mais ricas e cobra pedágios em túneis estratégicos. Funcionam como uma “elite econômica” do metrô, priorizando lucro e segurança acima de tudo.
Um centro de conhecimento, onde os antigos valores de civilização e educação ainda tentam sobreviver. É uma espécie de último reduto de sabedoria, ciência e diplomacia.
Além de Artyom, Last Light apresenta uma variedade de personagens secundários que ajudam a enriquecer a trama:
Khan – Um misterioso viajante e filósofo que acredita na importância espiritual dos Dark Ones. Ele funciona como a voz da razão e do misticismo.
Miller – Líder da Ordem Espartana e pai da protagonista feminina Anna. Miller representa o pragmatismo militar, muitas vezes em conflito com a humanidade de Artyom.
Anna – Atiradora de elite e interesse romântico de Artyom. Sua relação com ele evolui de forma sutil e emocional ao longo do jogo, oferecendo momentos de leveza e intimidade.
Pavel – Um carismático soldado da Linha Vermelha, que inicialmente se alia a Artyom, mas revela intenções sinistras mais tarde. Seu arco representa a manipulação política e o oportunismo ideológico.
Metro: Last Light combina ação em primeira pessoa com elementos de furtividade, horror de sobrevivência e RPG leve. O jogo oferece combates intensos, mas incentiva a furtividade como estratégia mais eficiente, especialmente em dificuldades maiores.
Gestão de recursos – Munição e filtros de ar são escassos. O jogador precisa constantemente procurar suprimentos e decidir quando gastar ou poupar.
Sistema de karma – Ações do jogador (como ajudar civis ou poupar inimigos) afetam o final do jogo, embora de forma sutil e sem uma interface visível. Isso reforça a ideia de que até pequenas decisões têm peso moral.
Imersão total – Não há HUD tradicional. A máscara de gás embaça, o relógio marca o tempo restante de oxigênio, e a iluminação precisa ser gerida com lanternas e isqueiros. Tudo reforça a sensação de vulnerabilidade.
Um dos maiores trunfos de Metro: Last Light é sua ambientação. O jogo mergulha o jogador em túneis escuros, mercados subterrâneos vibrantes e ruínas radioativas da superfície de Moscou. O uso de iluminação e som é magistral: cada ruído distante, cada reflexo de luz e cada grito de mutante aumentam a tensão.
A trilha sonora, composta por Alexey Omelchuk, mistura temas melancólicos com sons ambientais intensos. Não é apenas música de fundo — ela é parte essencial da narrativa emocional e psicológica do jogo.
Apesar de ser um jogo de tiro, Metro: Last Light aborda uma série de temas profundos:
A natureza da humanidade – Artyom questiona constantemente se os humanos ainda merecem sobreviver. As ações das facções humanas muitas vezes parecem mais monstruosas que as criaturas mutantes.
Memória e culpa – O jogo é uma jornada de redenção. Artyom não busca apenas salvar o metrô, mas também perdoar a si mesmo.
Ideologia e poder – O jogo mostra como diferentes grupos tentam dominar os outros com base em ideologias extremas, e como a luta pelo poder continua mesmo no fim do mundo.
Esperança versus desespero – Em um mundo onde tudo foi perdido, os personagens tentam encontrar sentido e esperança — seja através da fé, da luta ou do amor.
O desenvolvimento de Metro: Last Light não foi fácil. O estúdio 4A Games, sediado na Ucrânia, enfrentou dificuldades orçamentárias e até políticas. Após o colapso da publicadora THQ, a Deep Silver assumiu o projeto, garantindo seu lançamento. Mesmo com recursos limitados, a equipe conseguiu criar um jogo visualmente impressionante e profundamente envolvente.
O comprometimento do time foi tão grande que, segundo relatos, alguns desenvolvedores trabalharam em condições precárias para cumprir prazos — inclusive usando cadeiras de escritório improvisadas.
Metro: Last Light foi amplamente aclamado, consolidando a franquia como uma das mais respeitadas do gênero. Foi elogiado por sua narrativa madura, ambientação imersiva e jogabilidade desafiadora. Sua versão remasterizada, Metro: Last Light Redux, trouxe gráficos melhorados e ajustes na IA e nos controles, tornando-o ainda mais acessível para novos jogadores.
A continuação da franquia, Metro Exodus (2019), expandiu o universo para fora dos túneis, oferecendo novas possibilidades, mas mantendo o DNA da série: sobrevivência, moralidade e atmosfera densa.
Metro: Last Light é mais do que um jogo — é uma experiência. Ele mergulha o jogador em um mundo devastado não apenas por bombas nucleares, mas pela perda de empatia, pelo extremismo e pelo medo. No entanto, também é um jogo sobre esperança, compaixão e a possibilidade de redenção. Artyom, como personagem, é o reflexo de todos nós: tentando sobreviver em meio ao caos, buscando significado no silêncio dos túneis.
Para quem procura uma experiência intensa, emocional e inesquecível, Metro: Last Light permanece como uma joia rara nos subterrâneos do mundo dos games.
Titulo do jogo: Metro Last Light
Idioma: Inglês
Gênero: Ação
Tamanho: 6.25 GB
Plataforma: Playstation 3
Formato: PKG
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