Minecraft no PS3 segue o mesmo estilo de sempre: use sua imaginação. O jogo dá liberdade quase que completa ao usuário, deixando que ele crie, destrua e construa qualquer objeto com o que tem à sua volta. É possível eliminar monstros, utilizar seus restos para criar armas, construir grandes prédios para se abrigar ou até mesmo modificar totalmente o cenário.

A ideia é que o jogo não tenha uma história e que o usuário crie a sua própria. Isso segue firme por aqui e a liberdade que o game te dá apenas reforça este conceito. Além disso, o mundo de Minecraft é formado aleatoriamente, o que não deixa que uma jogatina seja parecida com a outra de forma alguma, sempre instigando ainda mais a criatividade.

Para quem não sabe, jogar Minecraft é como brincar com as pecinhas do brinquedo Lego. É como se você tivesse um balde cheio delas, para montar o que quisesse, mas com a necessidade de escavar um pouquinho até achar aquela peça que pretende.

Este é um dos pontos mais positivos de Minecraft, já que sua ausência de história ou de um modo campanha poderia ser visto como algo totalmente ruim. Neste caso, o game é completo para o que se propõe – e não é pouco!

Por ter sua premissa de ser “infinito”, Minecraft oferece horas e horas de diversão. Não dá para simplesmente cansar da aventura e encostar o controle. Na verdade o game é até perigoso, já que pode fazer você perder a hora e nem perceber.

Isso se reforça por conta do ciclo de dia e noite que temos embutido no jogo. De tempos em tempos a noite cai e logo em seguida amanhece, mas a parte noturna é a mais perigosa, já que é possível lidar com monstros inesperados, alguns deles bem mortais, como o Creeper, que explode ao contato com o personagem do jogador.

Além de tudo isso, Minecraft possui um interessante modo de conquistas, que vai recompensando por fazer algumas ações dentro do game. As conquistas também servem para guiar o jogador, que sabe mais ou menos um caminho a ser tomado, de acordo com o que é ensinado (criar um item, construir algo, destruir monstros, etc).

As conquistas, é claro, são ligadas com os troféus da versão do PS3 e dão ainda mais um objetivo ao jogo, que é o de concluir a lista oferecida pelo sistema da Sony. Uma boa pedida para aqueles “caçadores de troféus”, jogadores fanáticos em conseguir estes objetivos específicos em seus jogos diversos.

Controlar Minecraft com o DualShock 3 no PS3 é muito bom. Os comandos ficaram tão bem adaptados que você pode até duvidar. Mas basta pegar o joystick na mão e jogar por alguns segundos que você logo vai perceber – ficou muito bom mesmo.

Os botões principais do controle ficam responsáveis por comandos mais básicos, como pular e golpear, mas é possível administrar toda a tela de itens, modo de construção e outras funções sem qualquer dificuldade no DualShock 3. É com certeza um feito e tanto, já que Minecraft foi desenhado totalmente para ser jogado em um computador.

Os gráficos de Minecraft sempre seguiram o estilo retrô, apesar de muita gente ainda não entender isso. O jogo tem aquele visual de “blocões” e personagens que mais lembram pixels gigantes, sem apostar muito em um design arrojado ou de última geração. Na verdade, esse é o estilo que a produtora Mojang resolveu adotar e casa muito bem com sua proposta de ser um game simples, porém viciante.

No PS3 isso não muda e os gráficos seguem os mesmos das outras versões. Se você não curtiu antes, não vai curtir aqui, mas tenha em mente que o jogo é “propositalmente feio”, quando na verdade de feio ele não tem lada. Basta parar um pouquinho e observar os detalhes em cada cenário e o quanto de processamento o game deve consumir ao ter o seu sistema de geração automática de cenários, de um mundo inteiro.

Minecraft PlayStation 3 Edition é uma opção tão boa de diversão quanto as edições originais para PC e outras que saíram em diversas plataformas. O jogo foi bem adaptado ao console da Sony, principalmente em termos de controles, e os gráficos se mantém no mesmo estilo. No geral, é o mesmo Minecraft de sempre, e isso é bom – seja para os fãs de longa data ou para aqueles que vão conhecê-lo só agora.