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DESCRIÇÃO:

Ao contrário do que foi Assassin’s Creed: Brotherhood, este novo capítulo já começa bem por não se parecer com uma mera “expansão” de Assassin’s Creed II. O game marca uma nova aventura de Ezio que começa do zero, como um verdadeiro novo ponto de partida. Agora o herói está anos mais velho, na medida em que ruma para sua missão derradeira como mestre dos assassinos.

Agora o alvo é Masyaf, na Síria, onde antigamente era um local conhecido como a base operacional da Ordem de Assassinos. Este é o local onde o primeiro jogo da série começou, ainda com o hábil Altaïr no papel principal. Mas, ao chegar no local, Ezio é deparado com uma resistência. Os Templátrios agora dominam o local, mas o mestre assassino precisa invadi-lo para conhecer os segredos de sua ordem. Como proceder?

Para isso, Ezio precisa mudar sua base de operações. Sai de cena o cenário italiano dos dois últimos jogos e entra as ruas de Constantinopla (atual Istambul), onde o herói vai conhecer um mundo totalmente novo, o que vai lhe conceder ainda novas habilidades, aliados e também inimigos.

 

Com o novo cenário, o jogador também se depara com novidades na jogabilidade. A base continua a mesma, com o personagem correndo para lá e para cá, subindo e descendo prédios e casas, além de encarando seus inimigos com a maestria de movimentos de sempre, com golpes fluídos e mortais. Mas que tal inserir um ou outro elemento novo nesse esquema já popular? Foi assim que a Ubisoft pensou, ainda bem.

Uma das novidades é que Ezio agora conta com um novo mentor tecnológico, que fica no lugar de Leonardo da Vinci, que ficou na Itália. Em seu lugar entra Piri Reis, figura histórica conhecida que concede ao herói novas possibilidades, como a habilidade de criar e manipular bombas, por meio de elementos obtidos pelos cenários. As bombas variam entre si, indo desde explosivas (que machucam oponentes) a apenas passivas, como bombinhas de fumaça ou de barulho. Por falar em personagens, o próprio Altair é jogável em alguns segmentos do game, o que deixa os cenários um pouco variados.

Conhecendo uma nova ordem de assassinos, Ezio também consegue novos “brinquedinhos” para suas peripécias acrobáticas. Agora ele pode, por exemplo, utilizar um gancho no lugar de sua antiga lâmina. O gancho serve tanto para eliminar seus alvos quanto para avançar mais rapidamente entre um telhado e outro, em uma espécie de tirolesa improvisada. É tão divertido quanto útil.

As novidades na jogabilidade não são poucas, tornando esta aventura um verdadeiro novo título, e não uma mera continuação, como citamos.

Mas nem só de pequenas mudanças sobrevive Revelations. Há elementos totalmente novos dentro do jogo, o que agrega em muito a experiência. Temos, por exemplo, uma modalidade de Tower Defense dentro do jogo. Isso mesmo, aquele estilo de jogo que é viciante em plataformas portáteis é um modo de jogo inteirinho aqui neste título.

Tower Defense vem na forma do minigame Den Defense, que coloca Ezio no comando de assassinos para defender esconderijos das forças templárias. O funcionamento é bem simples e eficaz. Enquanto o herói serve de “cursor”, para selecionar e posicionar unidades de assassinos, ele também funciona como atacante direto. É ao mesmo tempo uma reciclagem e uma inovação do gênero.

Mas, felizmente, Asssassin’s Creed: Revelations não se esquece dos outros personagens importantes para a série. Um deles, caso você não saiba, é Desmond Miles, um jovem dos tempos atuais que revive as lembranças de seus antepassados (os assassinos) por meio de uma máquina chamada Animus. Desmond também tem importante papel em Revelations, o que também insere um novo tipo de jogabilidade.

Seguindo de perto os eventos do final de Brotherhood – que preferimos não revelar para não estragar a surpresa de quem ainda não jogou – Desmond vive agora em um tipo de “mundo limbo”, onde se depara com lembranças secretas e com outro sobrevivente e usuário do Animus. É aí que o herói do presente é forçado e encarar labirintos da sua própria mente, o que insere no game um modo de jogabilidade em primeira pessoa, que mais lembra um Call of Duty (mas sem tiros!) do que um Assassin’s Creed.

Esta modalidade também é bem diferente do que os jogadores da série estão acostumados e, talvez por isso, ela é opcional. Desta forma, não é preciso passar por elas para terminar o game. Mas, quem quiser, vai encarar um desafio que mistura quebra-cabeças e exploração em primeira pessoa. No final das contas, a experiência lembra mesmo os jogos da série Portal, da Valve.

O multiplayer retorna em Revelations, após ser introduzido de forma sem igual à série em Assassin’s Creed: Brotherhood. O game reserva um bom pedaço de si para este modo, que conta até mesmo com uma “minicampanha”. Podemos dizer que o multiplayer não está ali apenas por estar, ele tem um bom propósito – e o melhor de tudo é que ele não “come” tempo de jogo da aventura principal.

Aqui o jogador é confrontado com uma história pelo ponto de vista dos templários. Como membro desta ordem nos tempos atuais, é preciso assumir o papel de um templário que vai treinar em sessões virtuais dos Animus, controlando assassinos do passado que precisam realizar suas missões.

Estas missões são os modos de jogo, que variam entre embates de times e encontros individuais. A premissa principal é simples: há um cenário repleto de assassinos, mas a grande maioria deles são personagens controlados pelo computador. Só alguns são jogadores, que andam disfarçados para que seus caçadores não os encontrem. Para isso o jogador deve ter todo o cuidado de não chamar a atenção e, ao mesmo tempo, caçar seu alvo e eliminá-lo.

Algumas variações de modos incluem capturar determinado ponto do mapa, um time inteiro eliminar outro alvo fixo e por aí vai. O modo multiplayer tem vida própria e possivelmente poderia ser considerado um jogo completo, a parte do game principal. Nas mãos de uma produtora mais “mercenária” este modo poderia até ser vendido em um pacote separado, algo que a Ubisoft optou por não fazer, para o bem do bolso de jogadores do mundo todo. Ponto para a produtora francesa.

Por falar em bolso, Assassin’s Creed: Revelations tem boas novidades para os jogadores brasileiros. O game foi lançado oficialmente por aqui com o preço de R$ 149,90, bem abaixo do que é praticado em lançamentos por parte de outras empresas. Outra excelente novidade é a presença de legendas e menus totalmente em português.

Um ponto forte que não poderia deixar de ser citado está em termos gráficos. Revelations é o game mais bonito da saga, com ambientes que parecem reais e personagens tão humanos quanto um filme. Ezio está muito bem representado (e dublado) e, além disso, todos os personagens coadjuvantes parecem apresentar igual vida e formosura em seus movimentos. Um belo trabalho para os olhos, podemos dizer.

Assassin’s Creed: Revelations é uma bela conclusão para saga de Ezio e Altair, já que a promessa da Ubisoft para o próximo game é que tenhamos um novo protagonista. O game apresenta novidades mil em sua jogabilidade e também um modo multiplayer altamente em sintonia com a proposta, cheio de conteúdo. Belos gráficos e dublagem são a cereja do bolo, que já vem repleto de um delicioso recheio e gostinho de quero mais. Claro que ele acaba não sendo muito indicado para marinheiros de primeira viagem, já que apresenta uma saga complexa e com muitas referências. Mas, ainda assim, é um dos grandes games de 2011, daqueles que não podemos deixar passar.

INFORMAÇÕES:

Titulo do jogo: Assassin’s Creed: Revelations  
Idioma: Inglês / PT-BR
Gênero: Ação
Tamanho: 7.54 GB
Plataforma: Playstation 3
Formato: PKG

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