O enredo inicialmente parece ser uma embromação. A velha história do personagem que acorda sem saber de seu passado, restando ao jogador trilhar o seu proprio caminho e seguir o seu rumo. Sim, assim como quase todos os jogos do estilo, seus passos acabam gerando uma consequência, por isso, é preciso prestar atenção nos diálogos para não tomar um rumo que não seja o desejado.

Sobre os diálogos, estes são uma parte chata do jogo, uma vez que a grande maioria nao acrescenta em nada e acabam caindo na mesmice. Um grande exemplo: converse com qualquer personagem de uma cidade, as perguntas e respostas são quase sempre as mesmas.

O sistema de evolução de Kingdoms of Amalur é um dos grandes atrativos do jogo. É possível escolher entre 3 classes: Ladrão, Guerreiro e Mago. Porém, ao longo de sua evolução, é possível definir o seu caminho e até mesmo dividir as classes, ou seja, um mago com habilidades em espadas longas. Contudo, o melhor ainda continua sendo focar em uma classe e evoluir suas habilidades.

Diferente da grande maioria dos RPGs tradicionais, Kingdoms of Amalur não possui pontos para evoluir seus atributos. Ao invés disso, você precisa escolher quais habilidades evoluir, além de um sistema que utiliza cartas para definir suas classes para receber mais pontos, como porcentagens na recuperação de mana etc.

O jogo segue o estilo andar e bater. Com isso, nada de telas de batalha paradas ou com movimentação. Em Kingdoms of Amalur, o lance é andar e eliminar todos aqueles que surgirem no seu caminho.

O jogo possui um sistema de golpes e movimentos muito interessante. Além de ganhar novos movimentos à medida que suas habilidades são evoluídas, o personagem utiliza duas armas que são usadas de forma rápida e podem ajudar na hora de desferir um combo maior.

O jogo conta com uma boa variedade de armas. Além delas, o jogador pode construir e criar uma arma, seja com uma combinação de itens, ou com a utilização de determinadas gemas, para que o artefato ganhe outros poderes.

Os gráficos de Kingdoms of Amalur são bem agradáveis. Ao invés de apostar na busca pela similariedade com rostos humanos e expressões faciais, a 38 Studios adotou um visual bem parecido com outro clássico do gênero: Fable.

Essa similaridade deve-se ao fato de ambos os jogos adotarem cenários mais coloridos e fantasiosos, ao invés de construções como as que Peter Jackson fez em O Senhor dos Anéis no cinema. Os inimigos também conseguem manter esse meio termo, ou seja, conseguem ser bizarros e bem definidos, mas com um ar cartunesco.

Mesmo com todos esses elementos, o jogo não deixa de ser voltado para o público adulto. A violência é bem explicita nas execuções e na hora de desferir os golpes. Com o ataque especial, o personagem principal executa uma espécie de finalização, com direito a close de câmera. Nesse momento, o colorido dá lugar ao vermelho do sangue que, literalmente, colore a tela.