A história começa anos após os eventos finais do primeiro Borderlands. Na ocasião, a planície de Pandora passa a produzir Eridium, um mineral extremamente valioso, que quando coletado, permite aos jogadores melhorar características dos seus personagens.

O jogador pode escolher entre cinco classes distintas, como Siren, Assassin, Gunzerker, Commando e Mechromancer (por DLC), sendo que cada uma têm habilidades únicas de combate. A Siren, por exemplo, pode paralisar inimigos no ar por alguns segundos com a habilidade Phaselock, e o Commando pode usar uma torre de tiro com Sabre Turret.

Se por um lado temos os mocinhos, por outro temos Handsome Jack, o vilão do jogo. No comando da Hyperion Corporation, corporação que dita as regras em Pandora, ele caça mercenários que buscam Eridium, e constantemente se comunica conosco através do rádio – comentando cada conquista nossa com frases irônicas e de humor ácido.

Ao começar a exploração, é possível ver o cuidado que a Gearbox Software teve com os detalhes do jogo. A ambientação de Pandora é excelente. Da luz dos céus dos cenários, à mudança do dia para a noite, o visual é muito bem colorido e contrastado. As missões também se mostram muito originais e os personagens possuem ótimas atuações.

Os coadjuvantes são um dos pontos mais altos do jogo e contam com uma uma roteirização na história, tendo falas próprias e apresentações curtas – algo que não acontecia no primeiro jogo. Esse quesito torna nossa interação com eles muito mais enriquecedora.

Outras mudanças também agrada os jogadores da primeira versão, como o minimapa mais conciso e as animações de inimigos baleados, ou desmembrados. É muito fácil impossibilitá-los de se locomover atirando nas pernas ou de fazê-los perderem suas armas de fogo ao atirar nos braços.

Um dos pontos mais interessantes de Borderlands 2 continua sendo a estratégia ao enfrentar os inimigos. Por exemplo, se o combate é contra criaturas de carne e osso, é bom utilizar uma arma com dano elemental de fogo, para que eles queimem – literalmente. Se a luta é contra robôs armados e fortificados, basta utilizar armas com dano elemental de choque, que causa um belo estrago nos circuitos deles.

Há uma infinidade de armamentos que utilizam as mais variadas munições, e a combinação deles virá somente com o tempo de jogatina. Em outras palavras, será preciso gastar horas e mais horas para enfim conseguir um arsenal que o torne forte  suficiente para encarar todos os desafios. Para os mais impacientes, isso acaba se tornando um ponto fraco do game.

Na atual geração de consoles, criou-se uma espécie de regra em praticamente todos os jogos: apresnetar tutoriais. Mesmo naquele game de jogabilidade simples e manjada, há sempre um passo a passo com a função de ajudar o jogador. E Borderlands 2 peca por não contar com qualquer tipo de ajuda, sendo assim, é preciso aprender sozinho a movimentar-se, evoluir, e até mesmo criar uma estratégia de combate.

Os bugs, que já ocorriam na primeira versão, permanecem. São armas e itens que simplesmente desaparecem do cenário, mapas com um design confuso, e diversos locais que podem deixar seu veículo preso, simplesmente por tentar atravessar o terreno. Borderlands 2 é um jogo extremamente ambicioso, que tenta abraçar o gigantesco mundo de Pandora que criou, e tem como maior falha sua execução.