Em Assassin’s Creed Rogue, você controlará Shay Cormac, um assassino que se desilude com a sua ordem e se torna um templário. Nessa edição, o foco é mostrar os inimigos a partir de um novo ângulo. Para isso, todo o aparato técnico de Black Flag foi usado, o que garantiu uma recauchutada em poucos cenários, além de vender o título como se fosse um game novo. Por conta disso, até as fontes das letras do menu são as mesmas do jogo anterior.

Em teoria, o principal componente é a história, que finalmente mostra os templários de forma positiva. O jogo não funciona com novatos na série. Isso porque tudo serve para referenciar e colocar uma nova interpretação dos vilões dos títulos anteriores.

Situado entre Assassin’s Creed III e IV (batizado de Black Flag), com diversas aparições de personagens dos dois jogos, Rogue traça a trama de Shay Cormac nas costas geladas da América do Norte. O game constrói de maneira cuidadosa o personagem e a sua relação com a ordem dos assassinos.

Apesar do novo ponto de vista dos assassinos ter sido o principal ponto de venda, o game só acontece muitas horas depois do início. Isso leva o jogador, inclusive, a compreender muito bem a decisão de Shay.

Assassin’s Creed Rogue não teme mostrar que os assassinos podem ser tão perigosos para a humanidade quanto os templários. Para salvar as pessoas que ama, Shay se alia aos famigerados oponentes. A narrativa não é ruim, mas sozinha ela não consegue sustentar o game.

Existem apenas duas adições a Rogue: um lança granadas horrível, que serve para destruir portas, e a possibilidade de incendiar a superfície do mar com barris de óleo. 

Em termos visuais – tirando o gelo e o frio -, algumas cidades são exatamente iguais a certas ilhas de Black Flag. Por fim, a impressão é que as pessoas estão pagando por um DLC do jogo anterior. Mas a Ubisoft ainda acha justificável cobrar o mesmo preço de um título completo.