Army of Two: The Devil’s Cartel” é um jogo de tiro em terceira pessoa desenvolvido pela Visceral Games e publicado pela Electronic Arts. Lançado em 2013 para as plataformas PlayStation 3 e Xbox 360, o título é o terceiro da série “Army of Two”, que já havia conquistado um público fiel com seus títulos anteriores. Este jogo se destaca por sua jogabilidade cooperativa e sua história envolvente, que mistura ação de alta intensidade com momentos de estratégia e trabalho em equipe.

A trama de “Army of Two: The Devil’s Cartel” se passa em um cenário de guerra e violência envolvendo o tráfico de drogas no México, onde o jogador assume o controle de dois protagonistas: Alpha e Bravo. Ambos são membros de uma empresa militar privada (PMC – Private Military Company) e têm como missão principal lutar contra cartéis de drogas que assolam o país.

Logo de início, o jogo apresenta uma narrativa cheia de ação e reviravoltas. Alpha e Bravo são designados para proteger um político mexicano, mas acabam se envolvendo em uma trama muito mais complexa. A história gira em torno de uma rede de corrupção, guerra e traições, e os jogadores rapidamente se veem em uma luta pela sobrevivência, não apenas contra os cartéis, mas também contra forças políticas e militares corruptas.

A narrativa de “The Devil’s Cartel” é, em muitos aspectos, uma continuação do espírito dos títulos anteriores da série, onde a tensão entre o bem e o mal é constante, e as motivações dos personagens são questionadas. Embora o enredo principal não seja tão profundo ou inovador quanto poderia ser, ele serve como um pano de fundo eficaz para as cenas de ação e para o desenvolvimento dos personagens, que possuem personalidades distintas e características que os tornam memoráveis.

A jogabilidade de “Army of Two: The Devil’s Cartel” é, sem dúvida, o ponto alto do jogo, especialmente para aqueles que gostam de títulos cooperativos. O jogo foca fortemente na colaboração entre os dois jogadores, seja jogando em modo cooperativo local ou online. Cada jogador assume o controle de um dos protagonistas (Alpha ou Bravo), e ambos devem trabalhar juntos para superar obstáculos, derrubar inimigos e completar os objetivos da missão.

O sistema de “aggro”, presente nos jogos anteriores da franquia, também está de volta. Esse sistema permite que um jogador atraia a atenção dos inimigos (agindo como “isca”), enquanto o outro jogador pode se mover furtivamente e atacar os inimigos de forma mais estratégica. Esse componente de trabalho em equipe é essencial para o sucesso no jogo, e cria uma experiência dinâmica, onde a comunicação e o planejamento são fundamentais para vencer as batalhas.

Além disso, “The Devil’s Cartel” também inclui um grande foco em personalização de armas e equipamentos. Os jogadores podem modificar suas armas de fogo, criando uma grande variedade de opções para enfrentar os inimigos. A customização não se limita às armas; também é possível alterar as roupas e as características visuais dos personagens, dando ao jogador uma sensação de personalização e controle sobre a aparência dos protagonistas.

Outro destaque da jogabilidade é a intensa ação em terceira pessoa. “Army of Two: The Devil’s Cartel” oferece uma experiência de combate muito focada em tiroteios dinâmicos, onde os jogadores enfrentam hordas de inimigos em ambientes destrutíveis. O uso de cobertura é crucial, e a movimentação fluida permite que os jogadores se adaptem rapidamente ao cenário de combate.

Os gráficos de “Army of Two: The Devil’s Cartel” são impressionantes para a época de seu lançamento, com cenários detalhados e modelos de personagens bem trabalhados. O jogo apresenta uma série de ambientes urbanos e rurais no México, que variam entre ruas caóticas e campos de batalha devastados. A destruição de ambientes é um dos pontos fortes do título, permitindo que os jogadores interajam de maneira impactante com o cenário ao seu redor. No entanto, apesar de ser visualmente impressionante em muitos aspectos, o jogo não alcança a sofisticação gráfica de outros grandes lançamentos da época, o que pode deixar alguns jogadores com expectativas não totalmente atendidas.

A trilha sonora de “The Devil’s Cartel” complementa perfeitamente a experiência de jogo, com músicas de ação e ritmos intensos, que mantêm o clima tenso durante as batalhas. As vozes dos personagens são bem dubladas, e a performance dos atores ajuda a imergir o jogador no enredo. No entanto, o jogo sofre de alguns clichês de diálogos, especialmente nas interações entre Alpha e Bravo, que às vezes podem soar repetitivas.

Embora “Army of Two: The Devil’s Cartel” tenha muitos pontos positivos, ele não é perfeito. Uma das principais críticas ao jogo é que, embora o foco na cooperação seja forte, ele pode se tornar repetitivo após um certo tempo. O design das missões muitas vezes segue uma fórmula semelhante, e os jogadores podem acabar se sentindo como se estivessem fazendo sempre a mesma coisa. Além disso, a IA (inteligência artificial) dos inimigos não é muito desafiadora, o que pode diminuir a sensação de perigo e urgência durante as batalhas.

Outro ponto que gerou críticas foi a ausência de uma narrativa mais profunda. Embora a história seja interessante e tenha potencial, ela não é tão envolvente quanto poderia ser, deixando alguns jogadores desejando mais desenvolvimento nos personagens e na trama em geral. Além disso, a escolha de ter um enredo mais “genérico” sobre tráfico de drogas e corrupção pode parecer um tanto clichê para quem busca uma história mais original e inovadora.

“Army of Two: The Devil’s Cartel” é um jogo divertido, especialmente para quem aprecia títulos de ação cooperativa. Seu foco na colaboração entre jogadores e as intensas sequências de combate são seus maiores atrativos, criando uma experiência satisfatória para aqueles que gostam de ação pura e frenética. No entanto, a falta de uma narrativa mais envolvente e a repetitividade nas missões podem ser fatores que limitam a longevidade do jogo.

Apesar de suas falhas, “Army of Two: The Devil’s Cartel” é uma opção sólida para os fãs da franquia e para aqueles que buscam um jogo cooperativo de ação com uma boa dose de adrenalina.