Army of Two é um jogo de tiro em terceira pessoa lançado originalmente para o PlayStation 3 (e também para Xbox 360) em 2008, desenvolvido pela EA Montreal e publicado pela Electronic Arts. O título foi concebido com um foco muito claro: a cooperação entre dois personagens principais, enfatizando a importância do trabalho em equipe para superar os desafios de combate. Em vez de simplesmente oferecer uma experiência solo com suporte para cooperação opcional, Army of Two foi estruturado em torno da parceria entre os protagonistas, tornando o trabalho em equipe uma peça fundamental tanto na jogabilidade quanto na narrativa.
A história de Army of Two acompanha dois mercenários: Tyson Rios e Elliot Salem. Ambos são ex-militares que se juntam a uma companhia militar privada chamada SSC (Security and Strategy Corporation). Inicialmente realizando missões sob ordens da SSC, os protagonistas acabam descobrindo uma conspiração interna que envolve corrupção, manipulação de conflitos internacionais e interesses corporativos obscuros. A narrativa se desenrola por várias locações internacionais, incluindo países do Oriente Médio, China e até operações domésticas nos Estados Unidos. Ao longo da trama, os dois personagens enfrentam dilemas morais e batalhas intensas, enquanto seu relacionamento de amizade é testado diante da crescente desilusão com o sistema que os emprega.
No centro da experiência de Army of Two está o sistema de cooperação entre os dois protagonistas. Isso se reflete tanto nas mecânicas de combate quanto nas ações mais simples do dia a dia militar, como abrir portas em dupla, curar o parceiro ferido ou executar manobras táticas coordenadas. Uma das características mais marcantes do jogo é o sistema chamado “Agro”, que mede a atenção dos inimigos em relação aos dois jogadores. Se um jogador for mais agressivo, atirar mais e causar mais dano, ele atrairá a atenção dos inimigos, permitindo que o outro jogador se movimente com mais liberdade ou realize ataques furtivos. Esse sistema introduz um elemento de estratégia que valoriza o planejamento e a alternância de papéis durante os confrontos.
Outra mecânica cooperativa interessante é a possibilidade de realizar ações combinadas, como o “back to back” (costas com costas), em que os dois personagens se protegem mutuamente enquanto giram e atiram em inimigos em todas as direções, criando momentos de ação cinematográfica. Além disso, há seções em que um dos jogadores deve operar uma arma montada enquanto o outro guia um veículo, ou situações em que precisam escalar juntos e dar cobertura mútua em pontos elevados. Esses momentos reforçam a ideia de que a sobrevivência depende da confiança mútua e da cooperação contínua.
Os visuais de Army of Two refletem o estilo realista e militarizado típico de jogos da época, com ambientes urbanos e de guerra detalhados, personagens musculosos e bem equipados, e um arsenal variado de armas personalizáveis. O jogo também permite a customização estética dos personagens e das armas, incluindo opções bastante excêntricas como escudos de caveira, camuflagem dourada e outros elementos que dão um toque único à aparência dos soldados. A trilha sonora e os efeitos sonoros contribuem para a imersão, com explosões intensas, vozes ásperas dos protagonistas e o constante som de tiroteios.
A inteligência artificial do jogo foi um dos pontos criticados e elogiados em igual medida. Quando jogado com um parceiro humano, a experiência é fluida e emocionante, mas ao jogar com a IA controlando um dos personagens, o jogo podia apresentar momentos frustrantes em que a máquina não respondia com eficiência às situações de combate mais intensas. No entanto, os desenvolvedores tentaram mitigar isso com comandos simples e intuitivos que permitiam ao jogador ordenar ao parceiro IA que atacasse, se defendesse, ou executasse ações específicas.
O jogo foi elogiado principalmente por sua inovação no modo cooperativo e pela química entre os personagens principais. Tyson Rios é o mais racional e reservado da dupla, enquanto Elliot Salem é mais impulsivo, piadista e extravagante. Esse contraste cria diálogos interessantes, que vão de momentos cômicos a discussões sérias sobre as consequências de suas ações como mercenários. O vínculo entre os dois é um dos pilares narrativos do jogo, e muitos jogadores destacaram a autenticidade da amizade construída ao longo da campanha.
Apesar de algumas críticas à duração relativamente curta da campanha e à repetição de certos combates, Army of Two se destacou na biblioteca do PS3 como um jogo com identidade própria. Ele ofereceu uma experiência que era rara na época: uma campanha de tiro inteiramente voltada à cooperação, com mecânicas pensadas especificamente para dois jogadores jogando lado a lado, seja online ou em tela dividida. O sucesso do jogo levou ao lançamento de continuações: Army of Two: The 40th Day em 2010, que expandiu as ideias do original e trouxe melhorias gráficas, e Army of Two: The Devil’s Cartel em 2013, que trocou os protagonistas originais por novos personagens, tentando renovar a franquia.
Em retrospecto, Army of Two é lembrado como um dos títulos que tentou redefinir o papel da cooperação nos jogos de ação modernos. Em vez de ser um recurso adicional, a cooperação era o centro da experiência, algo que incentivava a comunicação entre jogadores e criava uma dinâmica única de jogabilidade. Ainda hoje, muitos fãs consideram o primeiro jogo como o mais autêntico e carismático da trilogia, principalmente por conta do carisma de Rios e Salem e da maneira como sua amizade foi construída dentro de um contexto violento e caótico. Mesmo com seus defeitos, o jogo permanece como um marco importante no gênero e uma referência de como o trabalho em equipe pode transformar completamente uma narrativa de guerra em algo mais humano e envolvente.
Titulo do jogo: Army of Two
Idioma: Inglês
Gênero: Tiro
Tamanho: 5.27 GB
Plataforma: Playstation 3
Formato: PKG
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