
Battleship foi lançado em 2012, desenvolvido pela Double Helix Games e publicado pela Activision. O jogo surgiu como uma adaptação livre do filme homônimo produzido pela Universal Pictures, que por sua vez era inspirado no icônico jogo de tabuleiro da Hasbro. A ideia era unir a ação cinematográfica com o raciocínio estratégico do jogo original, criando algo que mantivesse o jogador imerso em uma guerra moderna e tecnológica contra um inimigo desconhecido. O resultado foi um título que tentava equilibrar o ritmo frenético de um shooter com a profundidade tática de um simulador naval.
A história de Battleship se passa no Havaí, onde uma força militar internacional é surpreendida por uma invasão alienígena durante um exercício naval. O jogador assume o papel do oficial Cole Mathis, um especialista da Marinha norte-americana que precisa liderar tanto as forças terrestres quanto navais para impedir que os invasores dominem o oceano e ameacem o continente. O enredo acompanha a luta pela sobrevivência da humanidade e explora o tema clássico da guerra entre homem e tecnologia alienígena, com muita ação e heroísmo.
A narrativa é conduzida de forma direta, com diálogos militares, comunicações de rádio e cenas curtas entre as missões. Apesar de não ser profunda, ela serve como pano de fundo eficaz para a jogabilidade, colocando o jogador constantemente em situações de tensão e tomada de decisão. O enredo também faz referência a elementos do filme, como a atmosfera de isolamento, o heroísmo dos soldados e o uso de táticas criativas contra um inimigo superior em poder.
Um dos diferenciais de Battleship é a combinação entre o combate em primeira pessoa e o controle estratégico de navios de guerra. Enquanto o jogador participa ativamente dos confrontos terrestres, também deve comandar uma frota composta por destróieres, cruzadores e porta-aviões. Essa alternância cria uma dinâmica única, em que o jogador precisa equilibrar o campo de batalha terrestre e o domínio marítimo. A sensação de estar simultaneamente em terra e no comando das forças navais traz uma dimensão de poder e responsabilidade que diferencia o jogo de outros shooters convencionais.

A jogabilidade em primeira pessoa é intensa e fluida. O jogador utiliza uma variedade de armas — desde rifles automáticos e lançadores de foguetes até equipamentos de alta tecnologia desenvolvidos para combater os alienígenas. Os combates acontecem em praias, ilhas, bases e plataformas marítimas, exigindo movimentação constante e boa mira. A IA inimiga é agressiva e organizada, forçando o jogador a adotar táticas de cobertura e reposicionamento frequente.
Além das batalhas terrestres, o sistema de estratégia naval é o grande destaque do jogo. Em um mapa tático em tempo real, o jogador pode mover seus navios, posicioná-los estrategicamente e ordenar ataques de longo alcance contra embarcações inimigas. Essa mecânica remete diretamente ao clássico jogo de tabuleiro Battleship, no qual o objetivo é localizar e destruir os navios adversários. Aqui, essa ideia ganha vida em escala realista, com explosões, movimentação e riscos calculados.
Cada navio da frota possui características únicas. O destróier é rápido e versátil, ideal para ataques de flanco; o cruzador tem poder de fogo pesado, mas movimentação lenta; o porta-aviões é essencial para suporte aéreo, enviando drones e caças para auxiliar nas batalhas. O jogador deve aprender a usar cada tipo de embarcação da maneira mais eficiente possível, equilibrando defesa e ofensiva para manter o domínio do oceano.
O sistema de comando naval funciona como um jogo dentro do próprio jogo. Enquanto enfrenta inimigos em solo, o jogador pode abrir o mapa tático e tomar decisões que influenciam diretamente no resultado das batalhas. Ordenar um bombardeio naval pode abrir caminho para a infantaria terrestre, enquanto a destruição de um navio aliado pode comprometer toda a operação. Esse equilíbrio constante entre ação e estratégia mantém o ritmo dinâmico e imprevisível.

Visualmente, Battleship aproveita bem o potencial dos consoles da época. As paisagens tropicais, os reflexos da água, as explosões e os modelos detalhados dos navios criam um ambiente imersivo e realista. A ambientação no Havaí oferece um contraste interessante entre a beleza natural e o caos da guerra. As cenas de combate naval, em especial, impressionam pelo nível de detalhe e pela sensação de escala, reforçando o caráter épico do conflito.
A trilha sonora é outro ponto forte, com composições orquestradas e batidas militares que intensificam a tensão. Os efeitos sonoros — o rugido dos motores, o som metálico dos canhões, o estalo dos disparos — são extremamente bem trabalhados, contribuindo para a sensação de estar em uma verdadeira zona de guerra. A dublagem também ajuda a construir o clima de urgência, com ordens sendo gritadas, pedidos de reforço e comunicações constantes entre as tropas.
A estrutura das missões é bem distribuída. Algumas se concentram na ação direta, com o jogador em tiroteios intensos contra ondas de inimigos; outras exigem um foco maior na estratégia, com a necessidade de reposicionar navios e planejar ataques coordenados. Essa alternância evita a monotonia e estimula o jogador a pensar de forma tática, não apenas reagindo aos combates, mas prevendo os movimentos inimigos.
O inimigo alienígena, chamado de “The Regents”, é representado com design futurista e ameaçador. Suas armas e veículos são tecnologicamente superiores, o que obriga o jogador a utilizar táticas criativas e aproveitar as vantagens do terreno e da frota naval. Enfrentar essas forças exige precisão e estratégia, já que um ataque direto e impensado pode resultar na destruição total das unidades.
Apesar de não possuir modo multiplayer, Battleship oferece uma campanha sólida e desafiadora. O equilíbrio entre ação e estratégia mantém o jogador envolvido, e cada missão traz objetivos diferentes que ampliam a sensação de progresso. Há ainda um sistema de upgrades para navios e armas, permitindo personalizar o estilo de jogo de acordo com a preferência do jogador.

A ambientação marítima e o foco em combates navais são elementos raros em jogos de tiro modernos, o que torna Battleship uma experiência diferenciada. Ele combina a adrenalina típica de títulos como Call of Duty com a profundidade estratégica de jogos como Command & Conquer, criando uma mistura pouco comum, mas interessante. Mesmo sem ser perfeito, o jogo consegue entregar uma sensação autêntica de guerra total.
Os cenários dinâmicos e as missões variadas contribuem para manter o ritmo. Em certos momentos, o jogador precisa invadir bases inimigas para resgatar aliados, enquanto em outros deve proteger navios sob fogo pesado ou coordenar ataques aéreos a partir do porta-aviões. Essa variedade de objetivos evita a repetição e reforça o senso de urgência constante.
Do ponto de vista técnico, o jogo apresenta boa estabilidade e fluidez. Os controles são intuitivos tanto no modo de tiro quanto no modo de comando tático, facilitando a alternância entre as duas funções. O design dos níveis é inteligente, oferecendo múltiplas abordagens para cada missão, o que dá ao jogador liberdade para experimentar diferentes estratégias.
Battleship também se destaca pela atmosfera cinematográfica. A narrativa se desenrola com ritmo de filme de ação, com cenas explosivas, momentos de heroísmo e confrontos épicos no mar. A sensação de ser o comandante de uma operação militar em larga escala é reforçada por cada detalhe visual e sonoro, criando uma imersão constante que prende o jogador do início ao fim.
Mesmo não sendo um sucesso comercial, o jogo conquistou um público específico que apreciou sua tentativa de inovar dentro de um gênero saturado. A fusão entre shooter e estratégia naval foi vista como uma ideia criativa, embora sua execução tenha sido considerada ambiciosa demais para o escopo do projeto. Ainda assim, Battleship permanece como um título curioso e subestimado, lembrado por quem buscava algo diferente na geração do PlayStation 3 e Xbox 360.

No fim das contas, Battleship é uma experiência híbrida que desafia o jogador a pensar e agir ao mesmo tempo. Ele captura o espírito do jogo de tabuleiro, transformando-o em uma guerra visualmente impressionante e taticamente envolvente. Entre explosões, estratégias e batalhas épicas no mar, o jogo entrega momentos de pura tensão e conquista um lugar de destaque entre as adaptações de franquias clássicas.
Titulo do jogo: Battleship
Idioma: INGLÊS
Gênero: AÇÃO
Tamanho: 3 GB
Plataforma: Playstation 3
Formato: PKG

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