F.E.A.R. foi lançado originalmente para os PCs, e não demorou muito para que o game se popularizasse e se tornasse uma referência dos jogos de ação da época. A segunda versão do game foi lançada para os consoles da atual geração e acabou dividindo as opiniões. Muitos acharam o jogo mais voltado para ação do que para a mescla perfeita entre FPS e um enredo repleto de suspense e terror, apresentada no primeiro título.  

O novo título conta a história de dois irmãos Point Black e Paxton Fettel, filhos do espírito demoníaco conhecido como Alma, a mesma que aparece nos outros jogos em forma de criança. Point é uma verdadeira máquina de guerra com habilidades de combate bem apuradas. Já Fettel é um espírito maligno que utiliza as forças sobrenaturais para aniquilar todos. Vale ressaltar que o mestre do terror John Carpenter ajudou na elaboração do roteiro. 

O modo campanha de F.E.A.R. 3 empolga no começo da trama. Além de focar muito mais na ação do que nas cenas de animação, a todo momento o jogador se depara com cenas de intenso tiroteio onde é preciso pensar em uma boa estratégia, ao invés de simplesmente colocar o peito pra frente e encarar a chuva de tiros.

O problema é que ao longo do jogo, este mesmo enredo que inicialmente empolga, mostra-se um tanto chato e repleto de enrolação, fazendo com que o jogador não se interesse em saber o que aconteceu ou deixou de acontecer, e sim em quais serão suas próximas vítimas no momento de ação.   

Hoje em dia, qualquer jogo de ação em primeira pessoa que se preze, precisa obrigatoriamente de um multiplayer convincente. F.E.A.R. 3 segue essa regra e oferece um interessante modo cooperativo online, no qual você pode encarar todo o modo campanha junto com um aliado.

Mas se o seu foco é a batalha campal comum dos jogos do gênero, respire aliviado, pois o jogo também sabe agradar essa grande parcela de fãs. Isso porque o game executa as partidas online sem apresentar qualquer lag que comprometa a diversão dos jogadores.   

A jogabilidade de F.E.A.R. 3 merece muitos elogios. A grande maioria dos ambientes são detalhados o suficiente para forçar uma queda de quadros por segundo, normal em boa parte dos jogos do gênero. Mas a engine utilizada impede que isso ocorra, dando uma ação “lisa” e sem lentidões. Diante de jogos como Call Of Dutty e Bioshock, que rodam a 60 quadros por segundo, não seria pedir muito que F.E.A.R. 3 seguisse esse padrão, essa maneira poderia acarretar no que foi mencionado acima.

O sistema de mira também ajuda bastante, sendo um tanto simples focar e atirar em seus adversários. As armas do jogo também ajudam bastante, graças a suas miras a laser que mostram um pequeno ponto no adversário, facilitando na hora de escolher o local exato do alvo.   

A ambientação da franquia sempre apresentou cenários com pouco luminosidade. Em F.E.A.R. 3 isso não muda muito, porém são muitas as partes em que a ação aconteceu em plena luz do dia, como no momento em que você joga durante uma perseguição em meio a uma favela. Isso ajuda a mostrar um ambiente bem desenhado e repleto de detalhes fazendo com que o game não se torne repetitivo visualmente.